terça-feira, 22 de março de 2011

Onda do rio

Eu nunca pensei bem sobre o nosso final, mas se ver por esse lado eu também não acreditava em cinema nacional.

Coisa mais bonita aquela lá
Do outro lado do rio
Um cárcere de palavras andantes.

Palavras sossegam enquanto nos falam
E palavras maltratam quem as dispense
Ou as desperdice.
Quem foi que as mal-disse?

De certo essas águas 
Afrontando os dicionários
Com suas onomatopéias.

Presas e ungidas.

Você, e você, de novo você, mas hoje só aqui... 
Se eu te tirar do papel te mato
Jamais maltrato.

Gostou de mim até onde as palavras alcançam
Meu bem, palavras não andam
Falam e estancam.

Ainda bem que onda de rio não me afoga.

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