sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Hoje, agora.

O Sol desfere a luz que fere o chão
O peso do vento corta profundo corte
Não sinto mais o guia a me guiar
O vento sopra, mas não ouço canto algum a me chamar
Eu vago solto, desorientada
No peso da dor sem direção
É como buscar laçar a escuridão
Alcança, quase alcança e se desfaz na imensidão da busca
É para onde a dor aponta - Coração.
O corpo estremece ao toque da beira da razão
Guia-me, não me deixe
Dê razão e luz aos meus anseios
Dê sentido às lágrimas que queimam sólidas e silenciosas
Porque o que se processa dentro de mim não é quieto
Assombra-me e zomba de mim
Martiriza-me, talha-me o corpo
Trás um molho de angústia aos meus pés
Que continuam a caminhar em meio os calos
Me de um beijo, um abraço
E deixe-me pulsar junto à sua pele de vida
Deixe-me inerte com suas palavras
Venha hoje, agora
Pois eu procuro a luz no fundo do hoje que já é amanhã.

domingo, 25 de julho de 2010

I promisse.

 If you need a someone don't look to a stranger, you know in the end, i'll always be there.And when you're in doubt, and when you're in danger take a look all around, and i'll be there.
 I'm sorry, but i'm just thinking of the right words to say. I promisse. I know they don't sound the way I planned them to be... I promisse. But if you'll wait around a while I'll make you fall for me,I promise, i promise you i will. When your day is through and so is your temper, You know what to do, i'm gonna always be there, sometimes if i shout it's not what's intended these words just come out with no gripe to bear. I'm sorry, but i'm just thinking of the right words to say. I promisse i know they don't sound the way i planned them to be, but if you'll wait around a while, i'll make you fall for me...

I promise, I promise you...

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Sobre nós.

 E todos sempre dizem - Nunca tentem. Sempre sobre nós... Eu ,você, nunca poderemos ser nós, pois aos olhos deles nosso amor é pecado é um tipo de droga letal, que aos poucos nos entorpecem e nos tiram a dignidade.
 Estúpidos e tolos, mal sabem eles o quão grande um sentimento pode se tornar, capacitando-se de desvirtuar limites e quebrar barreiras impostas pela própria sociedade, tal ela que se julga leiga de todos os motivos dos quais se existe o amor, quando no entanto mal conhecem o ser que seu próprio coração pulsa batidas de desejo.
 Fortes são aqueles que ousaram cortar por dentre linhas opostas e subjacentes, arriscar um amor de desejos e sentimentos surreais e proibidos.

domingo, 4 de julho de 2010

É tudo tão terminativo..

De formas claras e simples banalizamos o verbo amar. Ama-se o esmalte vermelho-puta, o chaveiro do carro, a cor da parede da casa; ama-se sempre algo... Ama-se. Precisa-se do amor. É a maior vergonha da sociedade atual. Ama-se sempre um alguém... Não é verdade? Sim. Porém, são tantos, tantos alguéns... É tanto exagero, tanta vergonha! Antigamente, amor era algo puro. E pecado, quiçá. Esse amor moderno, em mim não tem chance, não. As pessoas andam cada vez mais manipuladas! Um livro? Não se existe tempo para ler. Sair com os amigos - que são amados - para usar drogas - que são amadas - é, realmente, muito melhor que meter os olhos num amontoado de letras que se embaralham depois da segunda página, que falam de um casal cujo amor era impossível... Que é isso, não existe! Eu te amo, fiquei para perguntar seu nome mas acabei esquecendo. Como é? Eu te amo e um mês depois... foi-se! Tudo, termina. Terminar é um verbo tão bonito... Tudo termina. O amor, bonito como era, que nas nuvens nos fazia andar, que flores entregava, que sorrisos colhia, que suspiros arrancava, que corpos unia... Terminou. E assim vai seguindo. É simples. Não precisamos de algo verdadeiro, concreto. Queremos acreditar no sempre que termina na outra semana. Queremos acreditar que não somos completos e não temos carácter se não tocarmos a boca e o corpo de muitas-muitas pessoas! Termino-me aqui, também. Ama-me, já que sou humana. Enquanto enojo-te, por ser um amador vulgar e comum.

É mentira

Sabe aquelas nuvens coloridas que sorriem e continuam sorrindo e te chamam pra perto e sussurram em seu ouvido que tudo dará certo e prometem pequenas utopias bonitas e sonhos agradáveis e intermináveis e dizem que nunca deixarão você cair e que a cada hora e minuto e segundo nós iremos nos interessar cada vez mais um pelo outro e que poderemos confiar em suas palavras e que as mentiras não serão ditas e a cada ano e mês e dia de nossas vidas o nosso pequeno sentimento irá explodir de tão grandioso e bonito e isso não causará dano a ninguém e não acabará com nós e nem com nossos corações e não nos machucará? Sabe tudo isso?




É mentira.

Ser só.

A beleza do simples ser
Na qualidade de um simples estar
Estar junto e poder sorrir
Não ser nunca e, só, chorar.

Eis me aqui.

Dentre meu mundo de sonhos, partes foram se desmontando, eram sonhos em forma de quebra-cabeças e as peças foram se dispersando, se confundindo, minha mente pausou, apagou, dias em branco, com páginas em branco, de leve trouxe lembranças, mas eram breves, e curtas, assim como tudo, um tudo, e um nada, dois, e uns, leve e pesado, eram marcas, não, engano, eram cicatrizes, o tempo passou ali, passou brevemente também.
Passaram se brevemente os segundos desde a ultima vez que você esteve aqui.
Minha mente fica vazia, mas entre tantos curtos e breves tempos, você vai estar aqui mais uma vez, me entorpece me cega, me acalma, me prende, e depois se despede, grita forte meu peito, arde, queima, leva tudo e deixa tudo.
E espere, esperaste, eis me aqui, sim, eis me aqui, como sempre, como para sempre, demora, como sinto a demora, perdoa a demora?
Sinto, lhe peço desculpas. – Mas eu só estava a procura das palavras certas.
Sim eu prometo, eis me aqui, continuando, derrubando, e caindo, mais eis me aqui, e sempre que seu tempo estiver completo, poderás olhar pro lado. – Eis me aqui.

sábado, 3 de julho de 2010

Ah coração.

Ah, coração pobre, coração mudo.
Fez-me abrir mão de quase tudo.
Deixou-me entre a culpa e culpar os mais fracos
- Tirou-me de mim arrancando traços. -

Ah coração cruel.
Permitiu-me virar me a mais venenosa cascavel.
Vendou-me a alma e amarrou-me aos acasos.
- Construiu pontes e destruiu barcos. -

Ah, coração mudano.
Prendeu-me em todos os meus enganos.
Embaralhou as certezas e espalhou boatos
- Iludiu-me com todos os falsos fatos. -

Mas, ah, coração pequeno,
Só eu sei como andou sofrendo.
Sair da bolha e cair no chão:
- Amargo era o gosto da solidão. -

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Amores Estranhos

 Porque as pessoas sentem tanta necessidade do fim? Talvez não do fim em si, mas do prazer de criar situações que lhe afirmem como amado e como amantes.E a confiança de hoje em dia? Do que nos vale? Banaliza-se tanto o sentido do amor que já não basta apenas você experimentar pronunciar, alegremente, sobre carinhos e abraços... Sempre haverá uma gota de desconfiança, uma gota de segundas intenções. Você se decepcionará com seu princípe e se limitará, cada vez mais... Você nunca se entregará totalmente a algum sentimento, seja ela qual for. Nunca acreditará piamente em alguém, pois está é a consequência direta do amor - Você não o conhece. A desconfiança e insegurança habitam em teu umbigo, na tua incapacidade de viver. Viver não existir! Para existir basta ter sangue nas veias e ar nos pulmões. Para viver, no entanto, é preciso sangras e sufocar-se. Ocultando-se traindo-se... E então, brigamos. Deixamos de lado todos os outros sentimentos e juras de amor que fazem nossos melhores dias para ceder palco à cruel razão. Nosso romance enfim vira tragédia.
 E talvez, nesses tempos fúteis, esses sejam os únicos momentos que nos enchemos de amor. É sofrendo que se aprende. É sofrendo que você transcende o amor. É sofrendo que se descobre a vida. E é sofrendo que você se dá conta de tudo isso..
 Muitas vezes nosso orgulhos nos cega, ou qualquer outro fator externo. Preferimos acreditar no desastre - Por mais que este seja repulsivo - Do que no tão falado amor. E de novo brindamos à nossa estupidez. Celebramos , assim, a insensatez dos nossos dias.
 Sofremos pelos motivos errados e nos negamos a acreditar nisso. Atríbuimos culpas. Atríbuimos justificativas, padronizamos e fiscalizamos o livre arbítrio. Acustamamo-nos a mentir, pois, a mentir. É cômodo, é cômodo, é cômodo! Eis o grande motor propulsor do nosso universo..

quinta-feira, 17 de junho de 2010

O que é amor?

 O que é amor? A palma de sua mão fica suada, seu coração acelera, e sua voz fica presa no peito? - isso não é amor, é gostar. Você não consegue manter seus olhos ou sua mãos longe dessa pessoa, estou certa? - isso não é amor, é desejo. Você estar orgulhoso, ancioso para mostrá-la? - isso não é amor, é orgulho. Você gosta dela porque você sabe que ela está la? - isso não é amor, é solidão. Você está lá porque é o que todo mundo quer? - isso não é amor, é lealdade. Você lá porque ela te beijou, ou segurou sua mão? - isso não é amor, é insegurança. Você continua com ela por causa de suas confissões de amor, porque você não quer machucá-la? - isso não é amor, é piedade. Você continua a pertencer a ela porque vê-la faz seu coração pular? - isso não é amor, é paixão. Você perdoa os erros dela porque  você se importa com ela? isso não é amor é amizade. Você diz pra ela todos os dias que ela é a única pessoa em que você pensa? - isso não é amor, é mentira. Você daria todas as suas coisas em consideração por ela? - isso não é amor, é caridade. Seu coração quebra e dói quando ela está triste? - então é amor. Os olhos dela vêem seu verdadeiro coração e tocam sua alma tão profundamente que dói? - então é amor. Você continua com ela porque uma cegante, incompreensível mistura de dor e conexão puxa você perto e te segura lá? - então é amor. Você aceita os erros dela porque são parte de quem ela é? - então é amor. Você se sente atraído à outros, mas continua com ela fielmente e sem se arrepender? - então é amor. Você daria a ela seu coração, sua vida, sua morte?
 Pense nisso por um segundo.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Somos ímãs com forças contrárias

 E a nossa música martela na minha cabeça, quero descobrir o que se esconde por trás dela.
 Tem algo em você que ainda não descobri, tem algo em mim que ainda não sei o que é, e por incrível que pareça, algo em nós.
 Algo em nós, algo por nós e algo com nós. Não sei dizer o que é ao certo, mas sei que esse algo está nos mantendo juntas. Você mais do que ninguém sabe que eu não sei viver sem você, mas o que nos separa meu bem? O que é? Me diz? Tem algo em mim que não te prende e tem algo em você que não me segura.
 É como se fôssemos dois ímãs com força contrária, forçando pra ficar juntas. E por ironia do destino esses ímãs sempre se viram uma vez ou outra. Eles sempre se grudam, sempre se juntam, se amam, se soltam e voltam com a força contrária até se juntarem novamente! E assim somos nós.

 Você com esse jeitinho bobo que sabe bem o que quer, me conquistando todos os dias e eu com esse meu jeito de nunca saber o que quer. Os opostos se atraem? É o que dizem, não sei no que acreditar.

Rabiscos...

 Seria tua a minha primeira lamentação, a minha pressa, essa urgência que reparo e faço...
 Caneta e lápis na mão, papel, borracha.
Se a vida pudesse ter esse brio de apagar lembranças queria consolidar o amanhã, pegar as nuvens uma a uma e dar por começo a você. Tiraria o brilho das estrelas e em sussurros sopraria cada um a teu ouvido, te diria coisas e mais coisas que te mexeriam, calaria toda a minha voz e te cobraria um silêncio que viria distante, sofreríamos juntas a toda partida por nós.
 E então remoeríamos os discos, os dias, as vinhetas, as cantadas, os outros.
 Separaríamos cada parte da novela, rabiscaríamos em negrito cada dorzinha, choraríamos uma dor nova, eu guardaria um dia e você ficaria sorrindo por saber que amanhã a gente inventa algo e volta, separaríamos um cordeiro e mandaríamos a sacrifício só pra ter certeza que a religião está ao nosso lado, mas eu lembraria que seria dia e esse dia não viria porque não é nosso, lembraria que dia dezenove de setembro é um dia amargo que mal começamos já havia terminado, recordaria dez dias de abandono e felicidade... BORRACHA!
 Recomeça, repintamos esse dezenove, os dez dias, as lembranças, faríamos tudo diferente, ao menos aqui é uma certeza de que é o único lugar que eu sei que posso te guardar pra sempre. Não numa parede não pintada, não num dia dezenove que passou, não numa recordação barata, mas num livro da internet onde qualquer coisa que eu pense em fazer na hora marcada dá errado, te cobro um dia, mais outro, te cobro uma pressa, a mesma urgência...
 E não entendo nada, rabisco uma ou duas, apago. Só pra ter certeza de que não esqueço de lembrar... E ai me vem distante, a lembrança de que eu sei que esse amor que eu sinto não pode se apagar.
 rabiscos.

Idéias Fixas

Escrevo para libertar meus demônios, espantar meus medos, desconjunto todos os sentidos, retiro ideias falsas de verdade, na mentira qualquer um é capaz de se esconder, capaz de fazer, de até mesmo escrever, e a verdade? Aquela que faz doer, deixa o coração entre gemidos, porque ela se torna tão difícil quando é o certo a se fazer?
 Dou sentido que o certo muitas vezes não é o bastante, de que importa? Vivo regendo coisas estranhas, eu sei sonhar eu sei, mas de que vale sonhar, sem ter esperanças do que o que se espera aconteça?
 Grande engano, ainda me estremeço, não me lembro do que realmente pretendia escrever, mas me estremeço com a delicadeza de que meu dedos vão traçando, dispersando ideias fixas em minha mente.

Arco-Íris

Conforme a qualidade da tinta
Alguns arco-íris perdem as cores.
Não seriam eles falsos, por perderem e não manterem-nas?
Não; são eles cansandos apenas.
Amores preguiçosos;
Bonitos e coloridos
Quando se esvaem de cor
Tendem a voltar avivados
Brilhantes e cativantes.
Logo, brilham outra vez.
Reluzem, e aparentam cores vivas
Misturam-se elas
E no final
Tudo é escuridão
Num arco-íris que se apaga
E aos poucos somem nos céus
Era apenas após a chuva,
Não era permanente,
Mas era perfeito
Porque nele havia um tesouro em seu final
E esse tesouro jamais se esvairá.

Vocês Falam Demais

 Vocês falam demais fazem de conta ser quem não são. Querem impressionar? É fácil vir e falar mil mentiras, afinal todo mundo gosta da pessoa que você não é...
 Você se sente bem em saber que quem agrada não é você! você é fraco!
 Pois se esconde atrás de uma imagem que você mesmo criou. Fraco! Você vive disso, jamais se libertará, será sempre prisioneiro de você mesmo. São todos seus próprios servos.
 Fortes são aqueles que criam revoluções em suas mentes e se permitem explorar novas fronteiras das quais até mesmo intelectuais não foram atrevidos o bastante para conhecer.