sábado, 26 de fevereiro de 2011

Depois do dia

Que noite fria
E abafada, pertinente ao meu sossego
Se me vejo, não percebo o que sustente
Mas prometi?
Sou contingente
Vertente do aparente
Ai, que me corrompe esse caminho que tomamos
Não sei aonde
Ainda em frente?
Perdi sua mão e seus carinhos num só dia
Talvez em anos
Mas eu te amo
Te amei por mais verões que primaveras
Mais que essa gente
Só não tive os colhões de ser valente
A noite é fria, mas sou mesmo uma avarenta
Vivo no passo de alcançar o não-agora
Há quem aguente? 
Perdão, eu te pedi, eu prometi, eu fiz de novo...
Passei adiante as sementes que chorei
Só não passei
Não te esqueci
A noite aqui há de ser meu por enquanto
Mas eu te amo
Vou me deitar mais uma vez calada
Mais uma vez aquietar o meu pecado
Naquele quarto
Um eco estranho?
Me entranho
É que eu te amo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário